segunda-feira, 10 de maio de 2010

O ciclo da água .


A água é um bem comum a todas as pessoas e indispensável a todas as formas de vida que estão dispersas ao decorrer da extensão da crosta terrestre. As águas contidas no planeta constituíam a hidrosfera e essa corresponde a parte líquida que se encontra em diversas partes como oceanos, mares, rios, lagos, geleiras, além da atmosfera. Dessa forma podemos encontrar a água em três estados físicos, sendo líquido, gasoso e sólido. O conjunto das águas contidas no planeta desenvolvem uma interdependência entre as mesmas, isso ocorre por meio dos processos de evaporação, precipitação, infiltração e escoamento que configura como uma dinâmica hidrológica. Em outras palavras, a água que hoje está em um lençol freático logo mais poderá estar na atmosfera ou mesmo em uma geleira. O processo que dá origem ao ciclo da água ocorre em todos os estados físicos da mesma, para conceber esse fenômeno é preciso que outro elemento provoque, no caso é motivada pela energia da irradiação solar. Diante de toda precisão desse processo dinâmico fica evidente que caso haja um desmembramento ou interrompimento leva á instauração de uma incalculável mudança, comprometendo a configuração das paisagens e coloca em risco diversos tipos de vida no planeta. Um exemplo claro de desequilibro ligado ao ciclo natural das águas é o fenômeno do aquecimento global que leva ao derretimento das calotas polares e consequentemente provoca a elevação dos níveis dos oceanos que podem submergir ilhas e áreas costeiras de muitos países tirando pessoas e animais dessas áreas.

Recursos Hídricos no Brasil :D




Os recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia.As águas subterrâneas são o principal reservatório de água doce disponível para o Homem (aproximadamente 60% da população mundial tem como principal fonte de água os lençóis freáticos ou subterrâneos).À partida, sendo a água um recurso renovável estaria sempre disponível para o Homem utilizar. No entanto, como o consumo tem excedido a renovação da mesma, actualmente verifica-se um stress hídrico, ou seja, falta de água doce principalmente junto aos grandes centros urbanos e também a diminuição da qualidade da água, sobretudo devido à poluição hídrica por esgotos domésticos e industriais.
No âmbito do
desenvolvimento sustentável ( citado em tópicos abaixo ), o manejo sustentável dos recursos hídricos compreende as ações que visam garantir os padrões de qualidade e quantidade da água dentro da sua unidade de conservação, a bacia hidrográfica.
É actualmente aceito o conceito de gestão integrada dos recursos hídricos como paradigma de gestão da água. Quase todos os países já adotaram uma "legislação das águas " dentro da disciplina de
Direito Ambiental. No Brasil é a Lei 9949/97 também denoninada Lei das Águas.
As acções a desenvolver no âmbito da gestão das águas podem ser de diferentes tipos:
- Preventivas ou corretivas;
- Pontuais ou distribuídas;
- Educativas e legislativas.
Até recentemente, principalmente em nosso país, a água era considerada como um recurso natural renovável, em geral farto e abundante, e que poderia atender, sem restrições, a quase todas as necessidades que dele viessem a ser requeridas. Sua carência era sentida apenas nas regiões semi-áridas, fato considerado grave, mas natural. Entretanto, a partir da Conferência de Dublin, em janeiro de 1993, a água passou a ser considerada como um recurso finito e, sobretudo, vulnerável. Fundada em 1977, a Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH, vem acompanhando, estimulando e participando do despertar da sociedade brasileira para este problema.

Os Biomas Brasileiros .


OS BIOMAS

São nove os biomas brasileiro, segundo condições ecológicas refletidas pela vegetação original preponderante e a posição geográfica que ocupam.
- O Bioma Amazônico, dominado pela floresta tropical perenifolia ou pluvial, onde a porção
brasileira representa o maior corpo florestal do planeta. Este se encontra condicionado ao clima equatorial quente superúmido e úmido,onde a precipitação pluviométrica é bem superior à evapotranspiração potencial. O Ecossistema Amazônico ocupa uma superfície de 4.005.082 Km2 . As águas e a vegetação nativa recobrem aproximadamente 92% de sua área. O uso e a ocupação das terras são caracterizados preponderantemente polo extrativismo animal e vegetal.
- O Bioma de Cerrado ocupa uma superfície de 1.890.278 Km2 , com vegetação de
fisionomia variada. O Cerradão é uma formação arbórea densa, sendo Cerrado constituído
por árvores tortuosas, relativamente baixas, entremeadas por arbustos. Os Campos
Cerrados, são constituídos de árvores e arbustos que encontra-se espaçados, predominando
na fisionomia o extrato gramíneo. O uso e a ocupação das terras são determinadas pela
agropecuária.
- O Bioma do Pantanal ocupa uma superfície de 154.884 km2, em território brasileiro. A
vegetação nativa recobre 97% da área, alterada em parte pelo pastoreio e pelos tratos
agronômicos que visam à melhoria das condições das pastagens nativas. A Depressão
Pantaneira é uma extensa superfície de acumulação de águas e sedimentos, com terrenos
predominantemente planos e suavemente ondulados, alagados periodicamente.
- O Bioma de Caatingas e Florestas Deciduais do Nordeste caracteriza-se pela paisagem cálida, espinhosa e seca. As temperaturas são muito elevadas, a umidade do ar é baixa. Esses biomas ocupam uma superfície de 939.391 km2. As caatingas são classificadas em Caatinga Arbórea, Caatinga Arbustivo Arbórea e Caatinga Arbustiva. São compostas por arvoretas e arbustos, muito ramificados e freqüentemente armados de espinhos. O "sertão", como é dominando, constitui a vegetação mais rala do semi-árido. O uso e a ocupação das terras são essencialmente agrícolas de ciclo curto e precário.
- No Bioma do Meio Norte, a interpenetração das floras amazônica, central e da caatinga, dá
lugar a um complexo ecossistema de transição. O clima varia entre tropical quente subúmido,
característico dos limites do cerrado com a pré-amazônia, e o semi-árido, característico das caatingas. A estação seca varia entre 4 e 7 meses. O bioma do Meio Norte ocupa uma superfície de164.205 Km2 . O uso e a ocupação das terras são definidos pelo extrativismo, pelo pastoreio e pela agricultura de curto e médio ciclo.
- O Bioma de Florestas Estacionais Semideciduais é eminentemente complexo e de
ocupação antiga, onde o urbano-industrial, o agrícola e o pecuário se mesclam. Compreende uma grande faixa que corre de nordeste a sudeste entre a Floresta Atlântica, Pinheirais e os Cerrados.O clima, que de uma maneira geral caracteriza essas áreas, é tropical quente e subquente subúmido com 4 a 5 meses de estação seca. Ocupa uma superfície de 518.834 km2.As áreas florestadas remanescentes representam cerca de 4% da obertura natural original. A atividade mineradora é intensa.
- O Bioma dos Pinheirais coincide com o Planalto Meridional Brasileiro e nesta área coexistem representantes da flora tropical, afro-brasileira, temperada e austro-brasileira. É a área de dispersão do pinheiro-doparaná, espécie de alto valor econômico e paisagístico,encontrando-se hoje praticamente erradicada de seu local de origem. A vegetação natural era dominada pela Floresta de Araucária, que hoje não atinge os 10% da área originalmente coberta por ela. O uso e a ocupação das terras são principalmente agrícolas. O Bioma da Região dos Pinheirais ocupa uma superfície de 220.363 km2 .
- O Bioma do Extremo Sul compreende o Sul do Planalto Meridional, outrora recoberta
pelos campos e algumas florestas, sendo limitado a leste pelas áreas costeiras da Planície
Gaúcha. O clima é temperado mesotérmico brando, superúmido sem estação seca. Ocupa
uma superfície de 203.875 km2. O uso e a ocupação das terras são de natureza agrícola e
pecuária. A vegetação pioneira e as florestas foram erradicadas e devido ao pastoreio os
campos naturais encontram-se substancialmente alterados. A infra-estrutura em torno dos
maiores centros urbanos, ocupa uma área significativa.
- No Bioma Costeiro e da Floresta Atlântica, as correntes marinhas, a temperatura das
águas e do ar sobre o oceano, o efeito orográfico das cadeias de montanhas, a latitude e a
altitude originam tipologias climáticas variáveis que, atuando sobre as diversas estruturas
geológicas, deram lugar a morfogêneses específicas, que por sua vez viabilizaram
adaptações biológicas com estratificação vertical e compartimentação horizontal. Ocupa um
superfície de 415.088 km2. O uso e a ocupação das terras são caracterizados, de uma
maneira geral, pelo extrativismo animal e vegetal, pela infra-estrutura urbana portuária, de
turismo e lazer e, de forma localizada, pela agricultura pelas pastagens e pela silvicultura.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Reciclagem e Sustentabilidade !


A palavra reciclagem ganhou destaque na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de
reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel.

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a
biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser:
- ecologicamente correcto;
-
economicamente viável;
- socialmente justo; e
- culturalmente aceito.
Um exemplo real de comunidades humanas que praticam a sustentabilidade em todos níveis são as
ecovilas.

Hidrografia Brasileira !

A rede hidrográfica brasileira é constituída por rios navegados em corrente livre e por hidrovias geradas pela canalização de trechos de rios, além de extensos lagos isolados, criados pela construção de barragens para fins exclusivos de geração hidrelétrica.
Alguns dos rios da Amazônia e do Centro-Oeste foram melhorados pela dragagem de seus baixios, mas a maioria dos rios navegáveis destas regiões são naturais. Nas regiões Sudeste e Sul, vários rios foram canalizados, o que permitiu o aumento da capacidade de tráfego dessas hidrovias e da confiabilidade do transporte fluvial.
A rede hidrográfica brasileira tem elevadas condições de umidade na maior parte do território nacional, sendo considerada como a mais densa do planeta.
Algumas características da hidrografia do Brasil :

- Rica em rios, mas pobres em lagos.
- ocorrência de regimes nival ou glacial, sendo apenas o Rio Amazonas um dependente do derretimento da neve da Cordilheira do Andes, mas a sua alimentação provém basicamente de chuvas. O período das cheias dos rios brasileiros é no verão, com algumas exceções no litoral do nordeste.
- Grande parte desses rios é perene; apenas alguns que nascem no sertão nordestino são intermitentes.
- O destino dos rios brasileiros é exorréico, ou seja, desagua no mar. Devido ás elevadas altitudes na porção ocidental da América do Sul, os rios brasileiros vão todos desaguar no Oceano Atlântico. Mesmo os que correm para oeste fazem a curva ou desaguam em outro rio que irá em direção ao oceano.
Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da eletricidade brasileira provém dos rios. Seu potencial hidráulico vem de quedas d’água e corredeiras, dificultando a navegabilidade desses mesmos rios. Na construção da maioria das usinas hidrelétricas, não foi levado em conta a possibilidade futura de navegação, dificultando o transporte hidroviário.

A despoluição do rio Meia Ponte.







O rio Meia-Ponte é um dos rios mais importantes do estado, pois, em sua bacia hidrográfica vivem cerca de 50% da população de Goiás. O rio é utilizado para diversos fins, desde abastecimento de água, irrigação de lavouras, dessedentação de animais, lazer e para despejo de esgotos domésticos e industriais.O Rio Meia-Ponte é, em grande parte de sua extensão, um rio bastante poluído , principalmente após sua passagem pela capital do estado, Goiânia. Dada a importância do rio para o estado de Goiás, tem-se travado uma luta há anos para que o rio seja despoluído. Em 2004 foi inaugurada a ETE Dr. Hélio Seixo de Britto que pretendia tratar cerca de 75% do esgoto da capital. A condição do rio melhorou bastante desde então, mas é necessário muito mais para que o rio volte a ter uma condição aceitável em suas águas. Algumas pessoas pretendem entrar com um processo para sua despoluição.
Foi realizado um dia voltado para discussão e reflexão acerca de um grande patrimônio e preocupação goianiense: o Rio Meia Ponte. No período da manhã foi realizada uma audiência pública para discutir o nível de degradação do rio e medidas para recuperar. No período vespertino, autoridades fizeram uma visita técnica ao Rio Meia Ponte. Estiveram presentes os vereadores Fábio Tokarski e Agenor Mariano, o Coordenador Geral da Agência Nacional das Águas (ANA), Antônio Félix Domingues, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Meia Ponte (COBAMP), Marcos Correntino e o presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA),Clarismino Pereira e outros técnicos da agência.
O grupo se reuniu às 15h na ponte da BR-153, próximo ao clube da AABB. O sol estava alto e refletia no rio que, embora poluído, com mau cheiro e cheio de lixo preso em galhos, demonstrava sua grandeza e potencial. Uma beleza fosca que se esconde embaixo de pontes e por trás de matagais. Antônio Félix levantou justamente esse problema. “Se você levar o povo para visitar o rio, se apropriar dele, ele vai se tornar limpo. Escondê-lo é como jogar o lixo embaixo do tapete”, disse Félix. Segundo o representante da ANA o povo deve ver o rio para sentir a necessidade de ser despoluído, deve se apropriar do problema. O vereador Fábio Tokarski, concordando com Félix, propôs em discussão, a construção de beiral em todas as pontes para que a população tenha acesso ao rio, o veja. “Se não tiver pressão, não haverá despoluição. O povo tem que ter relação com o rio, conhecê-lo. Ele deve ser visto não como um esgoto, mas como fonte de água potável”, reforçou Tokar
ski.